Valorização do futebol feminino na Bahia, bem como a relevância da inclusão da mulher no esporte, e os meios de patrocínio e apoio são os principais pontos que serão destacados na sessão especial “Políticas de Valorização do Futebol Feminino na Bahia”. A atividade, proposta pela deputada Olívia Santana (PC do B), será realizada na quinta-feira (27), às 9h30, no plenário da Assembleia Legislativa.
O debate acontece justamente em um período em que a seleção brasileira ganhou mais destaque com a Copa do Mundo Feminina, e as discussões reverberam nacionalmente, com Marta eleita a melhor jogadora do mundo e a maior artilheira de Copas do Mundo, entre homens e mulheres, e Formiga, atleta baiana, que se tornou a única atleta, entre homens e mulheres, a participar de 7 mundiais.
No regulamento de licenciamento de 2016, a Conmebol se enquadrou em um dos principais artigos nos estatutos da Fifa. O artigo 23 do Estatuto aborda questões anti-discriminatórias: além da prevenção ao racismo, à homofobia e à intolerância religiosa (entre outras), é necessário que clubes e federações impeçam a desigualdade de gênero. A entidade sul-americana deu prazo de dois anos para que seus membros se adaptassem, fazendo com que a mudança passasse a valer, efetivamente, no início de 2019.
Considerando que a presença da mulher nos esportes se confunde com a luta por mais direitos e por mais liberdade, vale destacar que na Bahia, apenas recentemente (2018 e 2019), os maiores clubes (Bahia e Vitória), constituíram times de futebol feminino profissional. Até então, o futebol feminino baiano somente atuava na categoria amadora, disputando apenas um campeonato não profissional. “Os times de futebol feminino estão presentes em vários municípios da Bahia e nos bairros de Salvador, contudo a falta de visibilidade e de investimento colabora para esse cenário de precariedade. É preciso combater à discriminação de gênero no ambiente esportivo, especialmente no futebol. É preciso que os times cumpram a nova legislação”, destacou Olívia Santana.