Search
Close this search box.

O suicídio é um problema de saúde pública que vem crescendo no Brasil e no mundo. O tema costuma ser cercado de tabu, sendo que as pessoas costumam fugir do assunto e, por medo ou desconhecimento, não enxergam os sinais de que uma pessoa próxima apresenta comportamentos que atentam contra a vida.

Em referência ao “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio, a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), através da Escola do Legislativo, realizou na manhã desta terça-feira (19) o I seminário intersetorial de prevenção ao suicídio e valorização à vida.

O evento reuniu professores da rede estadual e municipal de ensino, conselheiros tutelares, representantes de casas de apoio e prevenção ao suicídio e servidores da Alap. “Os educadores estão em contato direto com os alunos, temos essa oportunidade pra podermos detectar os sinais de alerta e para que a gente possa prevenir o suicídio”, destacou Kelren Abdon, diretora pedagógica da Escola do Legislativo. O diretor do departamento de Saúde da Alap, Willian Valério, participou do seminário.

O professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), e doutorado em Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento), Washington Luiz de Oliveira Brandão, abriu a programação mostrando um breve panorama mundial dos casos de suicídio.

De acordo com os dados, nos últimos 20 anos as taxas de suicídio diminuíram no mundo, cerca de 36% enquanto que houve um aumento das taxas de suicídio nas Américas em 17% no mesmo período.

No Brasil, as taxas de suicídio em ambos os sexos se apresentam com 6,9 por 100 mil habitantes. Os homens cometem mais suicídio e as mulheres tentam mais suicídio. A faixa etária que mais atenta contra a própria vida no Brasil está entre 10 e 19 anos de idade (49,3%). “O sofrimento psíquico não será resolvido com medicações ou curando-se a mente e sim, transformando as relações humanas”, frisou Washington Brandão, que também faz parte do Ambulatório de Atenção à Crises Suicidas (Ambacs).

O representante da Secretaria de Estado da Educação (Seed), professor Mário Denes, destacou que a secretaria tem trabalhado o tema dentro das escolas. “Essa discussão precisa ter uma atenção especial. A secretaria compõe uma rede de atenção que trabalha esses casos desde a prevenção até os casos de encaminhamento quando acontecem no ambiente escolar”, frisou o professor.

Durante as ministrações, os participantes interagiram tirando dúvidas e contribuindo para fortalecer os programas de combate ao suicídio no Estado.

Fonte: ALAP

Compartilhe!