Na manhã desta quarta-feira (11), o auditório João Queiroga, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), reuniu representantes de instituições e entidades que atuam no combate à violência contra a mulher. O evento, promovido pela deputada estadual Edna Auzier, titular da Procuradoria Especial da Mulher da Alap, certificou mais de cem participantes do projeto “Promotoras da Paz”. A iniciativa resulta de uma cooperação técnica entre a Universidade Federal do Amapá (Unifap), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM/AP), e o Ministério Betel.
A mesa de honra foi composta pela deputada Edna Auzier, pastora Simone Palheta, presidente do Ministério Betel; Larissa Rocha, gerente da Rede de Atendimento à Mulher, representando a secretária de Políticas para Mulheres, Adriana Stephanie Amoras Ramos; e Nélida Cohem, representante da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).
O projeto “Promotoras da Paz” se destaca por capacitar mulheres para enfrentar a violência de gênero, sendo um dos principais compromissos da Associação Ministério Betel no biênio 2023-2025. Lançado em 3 de maio deste ano, o projeto tem como base a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
Segundo Simone Palheta, idealizadora do projeto, o objetivo é disseminar conhecimento entre mulheres de comunidades periféricas por meio de cursos sobre violência de gênero, legislação e informações sobre a Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência. “Queremos torná-las multiplicadoras desse conhecimento para acolher e orientar outras mulheres em suas comunidades”, ressaltou a apóstola.
Para Larissa Rocha, gerente da Rede de Atendimento à Mulher, o projeto é um exemplo inspirador. “As mulheres são a força do mundo! Nenhum de nós estaria aqui sem o poder da mulher. Precisamos mudar a cultura desde a base para construirmos uma sociedade melhor. Essa parceria renderá grandes frutos”, afirmou.
A deputada Edna Auzier destacou a importância da união de esforços na luta contra a violência. “Nosso mandato na Alap tem destinado recursos por meio de emendas participativas para a realização dos cursos. É fundamental fortalecer essa rede com informações e capacitações. Não podemos aceitar a violência dentro de nossas famílias”, enfatizou.
Em junho, 15 mulheres participaram da primeira capacitação do projeto, que abordou temas como a Lei Maria da Penha e os aspectos psicológicos da violência contra a mulher. A programação incluiu ainda a palestra “Aspectos conceituais e teóricos sobre a violência doméstica e sexual”, ministrada por Sônia Ribeiro, mestre pela Universidade de Brasília (UnB). O projeto continuará com novos temas, e as participantes serão credenciadas para atuar como promotoras da paz e da cidadania em comunidades do Amapá, incluindo áreas ribeirinhas, quilombolas e indígenas.
Girlene Lima Barcelar, professora da Escola José Ribamar Pestana, no município de Santana, participou da formação e agora compartilha o conhecimento. “Como professora, temos contato próximo com alunas que enfrentam violência doméstica. Essa formação nos permite ajudá-las a identificar a violência e buscar formas de reagir”, ressaltou.
Fonte: Dircom/Alap