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A urna eletrônica foi criada em 1996 e entre eleições municipais, estaduais e federais, já esteve presente em 15 pleitos e é um marco da informatização do processo eleitoral no Brasil.

O objetivo da introdução dessa tecnologia nas eleições brasileiras foi, justamente, dar mais agilidade, confiabilidade, segurança e credibilidade no processo de escolha dos representantes da população. Assim, fortalecendo a democracia. Atualmente, em todo o planeta, existem 46 países que usam a urna eletrônica em seu processo eleitoral.

Porém, com o passar do tempo surgiram diversas teorias sem embasamento científico sobre a utilização da urna eletrônica, sugerindo que o equipamento não é seguro e pode ser facilmente violado. Essas afirmações são rechaçadas veementemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segurança da urna eletrônica

Existem, pelo menos, 30 camadas de proteção contra ataques externos em cada urna eletrônica. Toda essa segurança começa pela arquitetura e programação do equipamento. Somente o TSE possui o software de ativação das urnas eletrônicas, sendo assim, ocorre um bloqueio instantâneo em qualquer tentativa de acesso de outros programas na máquina.

Os equipamentos também possuem uma espécie de “barreira” contra invasores no momento de inicialização da máquina. Quando o sistema operacional é ativado, todas as urnas devem responder eletronicamente uma questão específica que apenas equipamentos do TSE são programados para entender. Caso esta resposta não seja correta, a máquina não processa o software da Justiça Eleitoral.

Não há acesso a internet

Nenhuma urna eletrônica possui acesso à internet. Por ser um equipamento que opera “off-line”, não existe a vulnerabilidade a ataques externos. A urna funciona de maneira isolada e não dispõe de nenhum dispositivo que permita conexão com outras redes de computadores.

Além disso, o sistema operacional “Linux”, usado na urna eletrônica, é preparado pela Justiça Eleitoral e não inclui nenhum mecanismo de software que possa permitir a conexão com redes ou acesso remoto. Portanto, não há a possibilidade das urnas serem hackeadas e os votos serem alterados de um candidato para outro, por exemplo.

Voto sigiloso

A segurança da urna eletrônica não fica apenas no bloqueio de acessos externos. O formato de programação do equipamento também garante que todos os votos feitos em cada urna eletrônica não sejam acessados e, portanto, se mantenham secretos até o momento da apuração. Isso se dá por meio da criptografia digital. Para evitar que as informações sobre o voto individual do eleitor sejam violadas, a Justiça Eleitoral utiliza algoritmos próprios de cifração simétrica e assimétrica de conhecimento exclusivo do TSE.

Mesmo com toda essa blindagem tecnológica, a Justiça Eleitoral garante a transparência da utilização das máquinas e o acompanhamento dos resultados. Isso ocorre porque cada urna eletrônica possui seu próprio código-fonte, uma linguagem de programação que coordena o equipamento e faz com que a urna execute comandos sobre o que fazer e o que apresentar.

Por Gabriel Spies/ Ascom UNALE

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