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Por Elizandro Sabino

Deputado e Presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Criança e do Adolescente

Até quando? Essa certamente é a pergunta que permeia a mente de todos nós ou pelo menos da maioria das pessoas. Até quando teremos que nos deparar com noticiários estarrecedores? Como o fato que ocorreu em agosto desse ano, envolvendo uma criança de 6 anos amarrada e sofrendo maus-tratos por parte da sua mãe e padrasto, que diga-se de passagem a genitora o conhecia há apenas três meses. Infelizmente a resposta não é nada acalentadora, pois a perversidade humana tem ultrapassado todos os limites.

Quando atuei como Conselheiro Tutelar nos anos de 2001 a 2007 na cidade de Porto Alegre, mergulhei em um submundo jamais imaginado, pois me deparei com a crueldade de alguns pais e mães em relação aos seus filhos.
Enquanto sociedade, precisamos propagar veementemente a importância da denúncia, uma vez que nesse caso em específico de Canoas, indubitavelmente salvou a vida daquela criança. Muitas pessoas ainda têm uma fantasia em seu imaginário, a qual acreditam que eventualmente poderão ser identificadas e por essa razão não denunciam e se distanciam de uma cena de provável abuso ou maus-tratos.
Mais uma vez somos levados a refletir sobre a importância e necessidade de informar os casos de suspeita ou violação da integridade física ou psicológica de nossas crianças e adolescentes na certeza de que a identidade do denunciante será plenamente preservada e sobretudo na cabal convicção que ao agir assim estaremos prestando uma colaboração social de impacto intangível, porém com resultados extraordinários.
As denúncias de casos de maus-tratos e negligências contra crianças e adolescentes podem ser feitas aos Conselhos Tutelares, às Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público,podendo ser informadas, também, aos serviços de disque-denúncia (Disque 100 ou Disque181).
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