A abertura oficial dos trabalhos da 18ª Assembleia Geral da Confederação Parlamentar das Américas e da 17ª reunião Anual da Rede de Mulheres Parlamentares das Américas ocorreu na manhã desta segunda-feira (1º) na Sala de Convergência da Assembleia Legislativa. O presidente da ALRS, deputado Pepe Vargas, recepcionou as representações parlamentares e deu início ao debate sobre desenvolvimento sustentável apresentando as iniciativas em curso no parlamento gaúcho e as propostas do Fórum Democrático colhidas ao longo de 2025 na sociedade civil.
O evento dos parlamentares brasileiros e das Américas terá dois dias de atividades no Palácio Farroupilha, sede do Parlamento gaúcho, e nos três dias restantes as atividades serão deslocadas para a Serra gaúcha, para o município de Bento Gonçalves, onde acontecerá a Conferência Nacional da Unale.
Depois da recepção das delegações parlamentares internacionais das Américas no Salão Júlio de Castilhos, manifestaram-se na abertura oficial dos trabalhos, realizada na Sala de Convergência, no térreo do Palácio Farroupilha, o presidente da ALRS, deputado Pepe Vargas; a presidente da Unale, deputada Tia Ju/RJ; o vice-presidente da Unale, deputado Vilmar Zanchin; organizador da 18ª Conferência Nacional da entidade; o presidente da Confederação Parlamentar das Américas, COPA, senador José Luis Dalmau Santiago, de Porto Rico; e a presidente da Rede de Mulheres Parlamentares das Américas, deputada Camila Toscano (Paraíba).
Iniciativas parlamentares sobre o clima
Em seguida iniciou a apresentação das iniciativas parlamentares do Canadá, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro a respeito da elaboração de propostas e ações práticas para o enfrentamento das mudanças climáticas, dentro do debate previsto “Desenvolvimento sustentável é agora”.
Membro da Assembleia Nacional do Quebec, Mathieu Lévesque discorreu sobre as iniciativas para enfrentar o tema a partir de “ações das instituições legislativas para agir como organização pública exemplar”, destacando etapas definidas de 2023 a 2027, como a rediscussão da gestão energética, da mobilidade urbana e utilização de meios de transporte ecológicos e sustentáveis, assim como a repercussão dessas ações na adaptação ao trabalho e na mudança de hábitos da população, além de outras iniciativas. Disse que a experiência de Quebec está em evolução e foi uma construção profunda com o parlamento.
O presidente Pepe Vargas destacou a iniciativa do Fórum Democrático em 2025 para ampliar o debate com a sociedade civil a respeito de políticas de sustentabilidade. Explicou os quatro eixos temáticos levados às regiões gaúchas em encontros presenciais ao longo do ano e que na próxima semana, dia 8, serão definidos a partir de indicações da sociedade civil, norteando posteriormente as iniciativas parlamentares e governamentais. Transição energética, redução de desigualdades sociais e regionais, sustentabilidade na agricultura e agropecuária e sustentabilidade na indústria, comércio e serviços formam o eixo temático definido pelo Fórum Democrático, que através de reuniões presenciais e em sintonia com os Conselhos Regionais de Desenvolvimento, articularam a participação social com debates e propostas. Além disso, plataforma digital disponibilizou acesso para consultas e proposições. Pepe destacou ainda as iniciativas de sua gestão para implementar no âmbito interno da Assembleia Legislativa iniciativas de sustentabilidade ambiental.
Por último, a presidente da Unale, deputada Tia Ju, do Rio de Janeiro, destacou a urgência do debate parlamentar a respeito da questão ambiental, centrada no desenvolvimento sustentável, desafios climáticos, segurança ambiental e desenvolvimento integrado. Disse que o tema ganhou urgência diante dos recentes eventos, como no RS, em 2024, e de modo semelhante em todos os continentes, o que evidencia a necessidade de “os parlamentos responderem ao impacto da questão climática e a promoção do desenvolvimento sustentável para que ninguém seja esquecido”, referindo-se especialmente às consequências dos desastres ambientais recentes e seu impacto no aumento da vulnerabilidade das populações atingidas. Relatou a realização da COP30 em Belém e o compromisso do Brasil com a responsabilidade de guardião da Amazônia e sua relevância na agenda global.
Programação
A programação será retomada no período da tarde, a partir das 14h, com a reunião do Comitê Executivo da COPA, no Espaço de Convergência (térreo).
Às 16h ocorre a reunião do Comitê Executivo da Rede de Mulheres, também no Espaço de Convergência.
Fonte: ALRS



