O dia 20 de novembro é a data nacional mais importante na celebração da luta dos negros contra a opressão no Brasil. A data foi escolhida para homenagear Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo de resistência à escravidão. Em 2023, passou a ser oficialmente reconhecida como feriado nacional, com a sanção da Lei 14.759/2023 pelo presidente da República, com foco em reforçar o papel fundamental da data na promoção da igualdade racial e no combate ao racismo estrutural.

O dia de hoje não é um assunto restrito à comunidade preta; ela é um prisma para a sociedade brasileira. Se no passado os quilombos eram refúgios físicos, hoje a luta por igualdade é travada em todos os espaços: nas universidades, nas salas de reunião, na política e nas artes. O dia convida à reflexão sobre dados incômodos: a persistente desigualdade salarial, a menor representatividade em cargos de poder, e o alto índice de violência que a juventude negra enfrenta.

O Dia da Consciência Negra é, basicamente, um espelho que o Brasil precisa olhar para perceber que é um país: múltiplo, vibrante e, acima de tudo, em constante construção. É um dia de luto pela violência histórica, mas, principalmente, de festa pela vida que insiste em florescer.

A presidente da UNALE, deputada Tia Ju (RJ), falou sobre a importância da comemoração da data e da luta contra o racismo em todos os seus âmbitos. “Como a primeira mulher negra a ser presidente da UNALE, sei o peso das barreiras invisíveis e das violências silenciosas que o racismo ainda impõe todos os dias na nossa sociedade. Combater a discriminação racial é compromisso com a justiça, com a dignidade humana e com um Brasil verdadeiramente democrático. No dia da Consciência Negra é preciso reforçar que nosso lugar é onde quisermos estar — e é dever do Estado garantir isso com políticas públicas firmes e com coragem institucional”, destacou.

Por Felype Campos/Ascom UNALE