Março Roxo: Epilepsia, para ajudar é preciso conhecer

A Unale, através de sua Comissão de Saúde e Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos das Pessoas com Epilepsia (FPIDP), reforça o cuidado com o cidadão e promove a campanha do Março Roxo. O mês é dedicado para a conscientização e mobilização sobre a epilepsia, que busca levar informação sobre a doença e dar voz aos cidadãos que são acometidos por ela.

Ao longo deste mês, a entidade reforçará ações de conscientização, como a recomendação da iluminação com a cor roxa dos prédios públicos e a soltura de balões roxos no dia 26 de março em alusão ao Purple Day (Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia).

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, que são recorrentes e geram convulsões. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deverá ter repetição de suas crises. Portanto, a pessoa poderá ter uma convulsão e não ter o diagnóstico de epilepsia

O tratamento é indicado a partir da segunda crise. O objetivo ao utilizar medicação é bloquear as crises, visto que a doença não tem cura, eliminando a atividade anormal do cérebro, a fim de assegurar boa qualidade de vida para o paciente.

Sintomas

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:

A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como “ataque epiléptico”. Nesse tipo de crise, a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.

A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”. A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares.

Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta”, mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.

Causas e tratamentos

A epilepsia não é contagiosa. Embora muitos mecanismos de doenças subjacentes possam levar à condição. A causa ainda é desconhecida em cerca de 50% dos casos em todo o mundo. As convulsões podem ser controladas. Até 70% das pessoas que vivem com epilepsia podem ficar livres de convulsões com o uso adequado de medicamentos anticonvulsivos.

A interrupção do uso de medicamentos anticonvulsivos pode ser considerada após dois anos sem convulsões e deve levar em conta fatores clínicos, sociais e pessoais relevantes. Em países de baixa renda, cerca de três quartos das pessoas com epilepsia podem não receber o tratamento de que precisam.

Segundo a OMS, cerca de 25% dos casos de epilepsia são potencialmente evitáveis. A agência aponta que a prevenção de acidentes pode evitar epilepsia pós-traumática. Além disso, focar na redução de fatores de risco cardiovascular, como pressão alta, diabetes e obesidade, juntamente com a evitação do tabaco e do consumo excessivo de álcool, pode ajudar a prevenir a epilepsia associada ao acidente vascular cerebral.

Por Danilo Gonzaga/Ascom Unale

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