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mesaredondaCom o objetivo de debater as ‘Perspectivas Políticas e Econômicas – Consequências e Oportunidades’, foi realizada, no segundo dia da 20ª CNLE, quinta-feira (02), a mesa redonda composta pelo presidente da Fundação João Mangabeira e ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e pelo economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. A palestra foi mediada pela jornalista especialista em economia, Salete Lemos.

O debate girou em torno da atual crise econômica e política, alavancada pelo processo de impeachment e pelas incertezas quanto ao governo interino do presidente Michel Temer. “A presidente Dilma se mostrou uma gestora ineficiente, agora se gerou uma expectativa, principalmente por parte da imprensa, a respeito do presidente interino. Precisamos saber até que ponto ele vai saber administrar a governabilidade”, comentou Gustavo Loyola.

“O país está sofrendo um processo de descrença nas instituições públicas. Não acreditavam na ex-presidente, ainda não acreditam no presidente interino e nem no Congresso Nacional. Mas a alternativa é confiar que as coisas podem melhorar”, reforçou Casagrande, que também afirmou não haver “um líder forte para o governo na atualidade”.

O ex-governador afirmou ainda, que é preciso criar um projeto de desenvolvimento interno para que o país não fique preso ao reflexo da economia mundial. “Se o país conseguir construir uma economia forte, não sofreremos tanto com as influências externas”, pontuou.

Ao apontar as perspectivas dos economistas a respeito da retomada de crescimento da economia no atual governo, Loyola se mostrou otimista. “Temer buscará transformar o cenário econômico mais favorável aos investimentos, tornando-o menos inóspito. Por parte dos analistas, há um otimismo de que ele será capaz de retomar as políticas públicas, extremamente necessárias na atual conjuntura econômica”, afirmou.

Loyola ainda citou as expectativas quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), que deve crescer 1,2%, já no próximo ano, e a melhora na inflação, que em 2017 deve ficar em 5,5%. “A partir do segundo semestre desse ano, existe uma perspectiva da queda das taxas de juros”, finalizou.

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