Dando início ao primeiro dia de debates na 27ª Conferência Nacional da Unale, realizada entre os dias 03 e 05 de dezembro no Rio de Janeiro, a União Nacional de Taquígrafos (Unataq) reuniu, em um dos auditórios do Centro de Convenções Expo Mag, profissionais da taquigrafia de vários estados do país para debater as atribuições e limites do taquígrafo nas notas taquigráficas. A abertura foi feita pelas presidente e vice-presidente da Unataq, Edilene Souza e Carine Reis, respectivamente.
O primeiro debate foi realizado pelas servidoras Marilanja Pereira e Mirela Araújo, que atuam na gerência e coordenação do setor de taquigrafia da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), respectivamente. As profissionais falaram sobre a importância e o impacto da implementação de um manual de procedimentos para melhorar o trabalho da taquigrafia no Legislativo baiano, padronizando os serviços realizados dentro do setor.
Segundo Marilanja, essa etapa foi primordial para garantir que a Taquigrafia possa ter um trabalho de qualidade cada vez melhor. Entre os materiais disponibilizados para a equipe, a gestora citou o Manual de redação e estilo; Marcações no discurso e fala; Gramáticas, dicionários e afins; e Modelos (aprovação de ata, votação de projeto, termo de abertura).
A coordenadora Mirela Araújo pontuou a diferença após a implementação desses procedimentos. “Hoje em dia todo mundo sabe o que tem que ser feito. A gente está ali para padronizar, para o texto ter uma característica própria. De 2017 pra cá tivemos avanço substancial e esse trabalho já tem uma característica própria. Já não é uma padrão apenas da taquigrafia, é da Assembleia Legislativa de Bahia”, afirmou.
Marilanja também falou sobre a o impacto da Inteligência Artificial no dia a dia do setor. Apesar de algumas casas legislativas defenderem o fim da taquigrafia, Marilanja destaca que a IA chegou para auxiliar os trabalhos, mas não para substituir. “Mesmo tendo a tecnologia, temos que ter um profissional da taquigrafia no plenário para pegar gestuais, as falas que não pega no microfone. E tudo isso é feito pelo taquigrafo. Tanto é que recebemos um prêmio de transparência pelo material que disponibilizamos. Fomos nós que apresentamos a transcrição automática para o presidente. E mostramos a diferença. Eles percebem a organização do nosso departamento”, afirmou a gerente da Taquigrafia da ALBA.
Ao final da manhã, os taquígrafos também puderam conhecer o sistema Kenta, de transcrição automática. Os representantes da empresa apresentaram o funcionamento da plataforma para auxiliar o setor no dia a dia do legislativo.
Por Jumariana Oliveira
Foto: Divulgação Unale