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Unale abre seminário na Alesc com a presença da ministra Damares Alves

306c78cbda03a99d47cf93dcbc2b094cd2feada1O suicídio e a automutilação, o Sistema Único de Segurança Pública e a Violência Contra a Mulher são os temas em destaque no Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania, que a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) realiza na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (29). O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia (PSD), e o presidente da Unale, deputado Kennedy Nunes (PP), abriram oficialmente o encontro na presença da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que fez a conferência de abertura.

O encontro em Santa Catarina é o terceiro de cinco seminários regionais promovidos pela instituição sobre a temática. A ministra Damares elogiou “o esforço da Unale em problematizar e debater alternativas de políticas públicas sobre esses importantes temas”.

As entidades que participam dos seminários e seus respectivos técnicos estão levantando as principais propostas, que serão encaminhadas para a Fundação Getúlio Vargas, encarregada de elaborar uma política pública a ser empregada em todo o Brasil, de acordo com o presidente da Unale. “Com as discussões feitas nos GTs aqui queremos salvar vidas”, frisou.

“A Unale tem feito um trabalho extraordinário sob a presidência do deputado Kennedy. E o mais importante de todos na minha avaliação é exatamente trazer ao debate esses temas tão importantes como a automutilação, que é uma realidade no Brasil, violência contra a mulher e suicídio, que são temas importantíssimos e têm que ser debatidos. Não pelo debate puro e simples, mas para através do debate encontrar soluções, políticas públicas, através dos parlamentos, para o Brasil sair dessa situação tão difícil em que a gente se encontra”, disse o presidente Julio Garcia.

Suicídio
A ministra Damares manifestou preocupação com a redução da idade dos suicidas, já que o fenômeno tem atingido crianças cada vez mais novas. “As crianças estão em profundo sofrimento. Os especialistas falam em dor na alma. Vamos ter que entender o que estamos fazendo para provocar tanta dor na alma dessa geração.”

O suicídio já é no Brasil a quarta causa de morte, a segunda no Brasil. Por determinação do governo federal, o suicídio terá notificação obrigatória no Brasil, assim como a tentativa de suicídio e a automutilação, conforme informou a ministra. “Até então não sabíamos quantas tentativas de suicídio aconteciam. Daqui pra frente, é possível que a gente fique ainda mais apavorado quando os números reais começarem a chegar.”

Violência contra a mulher
“Não posso me acomodar sobre a afirmação de que é cultura bater em mulher. Não é cultura, não. E nós vamos nos levantar contra isso. A violência contra a mulher precisa ser encarada, mas só vamos ter resultados de fato começando lá na escola. Nós entendemos que vamos ter que ir pra sala de aula falar com o menino e a menina a partir de 4 anos. O tema vai ter que ser matéria curricular”, disse Damares.

Ela incentivou que a violência contra a mulher seja denunciada. Não apenas a violência física, mas também a violência psicológica.

Casa da Mulher
Questionada sobre a construção da Casa da Mulher Brasileira, esperada desde 2013 na Capital, Damares afirmou que o governo federal está debatendo com o governo do Estado qual será o modelo de casa da mulher mais viável. “Muitas cidades do estado estão nos procurando querendo as casas no município.” Caberá aos prefeitos fazer a manutenção desses espaços.

Lisandrea Costa / ALESC | FOTO: Solon Soares
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