A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), presidida pelo deputado Márcio Miranda, e a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), promovem nesta quinta-feira (24/11), o Seminário Conscientização: Câncer, Empoderamento e Superação. O evento começou às 10h da manhã com a apresentação de autoridades presentes.
Na abertura, o Chefe do Legislativo paraense disse que “Nós trabalhamos na Alepa e aprovamos as leis em relação à prevenção de câncer e o Parlamento precisava faz mais. Somamos esforços com a Unale para fazer um seminário à nível nacional que pudesse não só servir para quem veio aqui, mas para ter uma repercussão que vai ser dada pelas mídias sociais, na imprensa como um todo. Era o mínimo que poderíamos fazer para criar essa repercussão, pra chamar atenção e dar a nossa contribuição”, ponderou o deputado Márcio Miranda.
Após a cerimônia de abertura, os participantes puderam acompanhar o “Painel I – Câncer de Mama” com os médicos mastologistas Licurgo Nunes Bastos Junior e César Cabello. O primeiro atua no hospital Ophir Loyola, referência no tratamento de câncer na região Norte e o segundo é professor da Pós Graduação do Hospital da Mulher da Unicamp/SP.
O professor César Cabello apresentou dados atualizados da doença. O câncer de mama é o mais frequente na população feminina no mundo inteiro e apesar da incidência ser alta, está se estabilizando. Há também queda da mortalidade em países desenvolvidos graças ao diagnóstico precoce, a prevenção e o tratamento adequado. “Há uma estimativa de que surjam 1.671.149 novos casos em todo mundo e uma morte a cada três novos casos. O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em países em desenvolvimento e a segunda em países desenvolvidos”, disse Cabello.
Os dados brasileiros também foram apresentados e a estimativa para 2016 é de que surjam 58 mil novos casos de câncer de mama, além disso a tendência da mortalidade nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste vem aumentando, enquanto que nas regiões Sul e Sudeste apresenta uma queda. “Há uma relação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com a mortalidade: quanto maior o IDH, menor a mortalidade. Não há dúvidas de que o investimento em saúde traz redução da mortalidade. O meio ambiente e os hábitos de vida tem relação com a incidência da doença”, afirmou Cabello.
Já o médico Licurgo Bastos Júnior falou sobre as técnicas e equipamentos para detectar lesões na mama e destacou a importância da realização da mamografia para o diagnóstico da doença. “O diagnóstico precoce é a forma mais eficiente para o sucesso do tratamento e a cura do câncer de mama” afirmou o mastologista. Os médicos afirmaram que é muito mais barato, eficiente e conservador o tratamento quando iniciado quando as lesões são mínimas. “O sucesso de qualquer cirurgia conservadora é o diagnóstico precoce”, disse Licurgo.
MAMOGRAFIA – O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a cada dois anos em mulheres com idades entre 50 e 69 anos e em mulheres a partir dos 35 anos quando o risco é muito grande. Por outro lado, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia seja feita anualmente a parte dos 40 anos de idade.
Fonte ALEPA