Ontem (26), foi celebrado o Purple Day, data que surgiu para dar visibilidade às dificuldades que as pessoas com epilepsia e seus familiares enfrentam todo dia, propondo conscientização e combate ao preconceito.
A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epiléticas. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica diretamente a qualidade de vida do indivíduo afetado.
Com base na Lei nº 5625/2016, aprovada no Distrito Federal, a Unale criou a Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia. O grupo tem como objetivo a ampliação do trabalho já aprovado na Capital Federal e a disseminação do tema em âmbito nacional. Assim, a entidade busca contribuir para elevar o debate e ajudar a criar novas políticas públicas para pessoas nesta condição.
Deputados filiados à Unale falaram sobre o assunto:
Em Brasília, o presidente da Frente Parlamentar, deputado Rodrigo Delmasso, realizou no Parque da Cidade a 5ª edição do Purple Day. O evento contou com a participação de profissionais da saúde que orientaram e tiraram dúvidas das famílias sobre epilepsia. Delmasso falou sobre as conquistas das famílias de pessoas com epilepsia. “Conseguimos a inclusão do canabidiol na rede pública de saúde para o tratamento das pessoas com epilepsia. E também a criação de um protocolo específico para as pessoas com epilepsia, a Secretaria de Saúde do DF é a única do país que reconhece o tratamento do canabidiol”, comemorou.
A deputada Goretti Reis, presidente da Secretaria de Saúde da Unale, falou sobre número de casos existentes “No mundo, mais de 50 milhões de pessoas são epilépticas. No Brasil os números são alarmantes, 3 milhões de pessoas. Em Sergipe 50 mil pessoas são acometidas pela doença, metade da população do município de Lagarto. Mais de 200 mil casos são diagnosticados todos os anos. Os números pedem que façamos alguma coisa”. Ela comentou ainda, sobre a Lei nº 5625/2016, de autoria do deputado Delmasso “Já existe uma lei distrital, que institui o programa de prevenção e assistência integral às pessoas com epilepsia, que garante o tratamento gratuito através da rede pública de saúde”.
A deputada Fabíola Mansur, integrante da Frente Parlamentar, fez defesa do uso do canabidiol medicinal como opção de tratamento para pessoas acometidas pela doença. Para a deputada, é importante que o assunto seja debatido sem preconceito. “O que nós propomos hoje é, não só a discussão sobre políticas públicas para a pessoa que vive com epilepsia, mas também discutir de forma clara, transparente e não preconceituosa, o uso do canabidiol. Precisamos debater assuntos como este em audiências públicas”.
A deputada Cristina Almeida, autora do requerimento 0197/19-AL, que solicita à SESA a estatística de pacientes portadores de epilepsia do estado do Amapá, realizou um evento em alusão à data, no shopping Macapá. O objetivo do evento foi fortalecer a conscientização sobre a epilepsia e eliminar os mitos e medos que ela desperta nas pessoas.