Nesta terça-feira, 04, o presidente da UNALE, deputado Sérgio Aguiar (CE), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), fez um sobre a importação de camarão congelado oriundo do Equador e Peru, que, segundo estudo apresentado pelo parlamentar, pode afetar o cultivo e o consumo de camarão em estados nordestinos.
Neste estudo é apresentado prejuízos sanitários e econômicos e forte impacto na cadeia produtiva de camarão no Brasil, atingindo diretamente os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Bahia. O estudo alerta para enfermidades potencialmente devastadoras que podem afetar os cultivos de camarão no Nordeste.
O presidente Sérgio Aguiar chama a atenção para os “graves efeitos nocivos” da importação de crustáceos vindos desses países sul-americanos que, segundo estudo técnico que foi apresentado pelo parlamentar, não apresentam o mesmo rigor sanitário que é exigido da produção local dos carcinicultores.
“Estamos aqui para defender com todo o nosso vigor a produção do camarão do nosso estado do Ceará e do Brasil, em detrimento da importação do camarão do Equador, que pode fazer com que haja prejuízo extremo”, afirmou Sérgio Aguiar
Segundo o parlamentar, a região nordeste é onde se encontram os maiores produtores de camarão do Brasil e tem oito dos dez municípios brasileiros que mais produzem camarão. Ele atribui esse sucesso à atuação dos profissionais cearenses de engenharia de pesca, que desenvolveram tecnologias para produzir camarão de água salgada em piscinas artificiais
Prejuízos de R$67 milhões em 2023 e 2024
Em 2023 e 2024, o Brasil importou 1.713 toneladas de camarão descascado, eviscerado e congelado, com perdas de divisas para o exterior de R$ 67.900.000.00. O maior volume de importação – 69%, é oriundo do Equador, vindo, em seguida, Argentina (28,45%) e Peru (2,56%). Das 1.713 toneladas importadas, 84,16% do camarão foram destinados às Regiões Sul e Sudeste.
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Por Danilo Gonzaga/Ascom Unale