Panorama econômico, desenvolvimento regional e saúde pública foram debatidos na tarde desta quinta (8)

Seguindo a programação da 21ª Conferência Nacional da Unale, a tarde desta quinta-feira (8) teve palestras sobre o panorama econômico e as reformas, saúde pública no Brasil e desenvolvimento regional. Logo após o intervalo de almoço, os participantes acompanharam o terceiro painel do dia, com o ex-ministro da Fazenda e consultor econômico, Mailson da Nóbrega; o cientista político Paulo Kramer e o presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, Edson Vismona.

Em seu discurso, Mailson da Nóbrega discorreu sobre a conjuntura econômica atual e a previsão dos economistas. Embora tenha salientado que houve uma melhora no último ano, Nobrega afirmou que a situação econômica do país é dramática. “O quadro econômico é grave, o governo Temer recebeu uma situação gravíssima das finanças públicas. A expectativa hoje é que o trem começou a andar nos trilhos, mas é uma tarefa gigantesca”, relatou.

Segundo o consultor de economia, “o primeiro passo dado foi a aprovação do teto dos gastos públicos, que não pode crescer acima da inflação. O segundo é a reforma da previdência, sem a qual o teto não é sustentável, o colocará o Brasil em uma rota de sustentabilidade, que tende a ser ampliada com a eleição de um novo líder em 2018”. Ao finalizar sua fala, o ex-ministro descerrou sobre os possíveis quadros políticos e como isso afetaria a economia e opinou dizendo que o presidente Michel Temer (PMDB) termina o mandato em 2018, embora talvez não faça tudo o que planejou.

34341098704_f6dbc3bc32_oConcordando com Nóbrega, Paulo Kramer afirmou que o presidente ainda sustenta alguns pilares da governabilidade, fato que não ocorreu com Dilma, que perdeu apoio do congresso, credibilidade pessoal e o controle da economia. Para falar sobre o panorama político nacional e os fatores que corroboraram para a crise atual, Kramer apresentou o histórico do panorama político nacional e avaliou o quadro atual.      “A imprevisibilidade no país gera um grande risco político. Teremos a eleição e um presidente legitimado pelas urnas que possa dar prosseguimento e aprofundamento a essas reformas que o Brasil precisa fazer. Ninguém vai conseguir transformar as reformas em uma coisa simpática, mas elas são absolutamente necessárias”, pontuou Kramer.

Último palestrante do quadro, Edson Vismona, discursou sobre como o contrabando atrapalha a economia.“Precisamos levantar cada vez mais a noção para a sociedade, em especial a classe política, que nosso mercado legal está sendo duramente ameaçado pelo ilegal. O ilegal está crescendo, dominando fatias importantíssimas do mercado e afastando investimentos. Não gera empregos, não gera renda e prejudica a todos e é gerenciado por verdadeiras organizações criminosas. É um esforço que temos que enfrentar num processo de buscar o desenvolvimento econômico”, opinou.

Saúde Pública no Brasil

O painel encabeçado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, debateu as formas de melhorar a saúde pública no Brasil e foi dividido com defensor público de Sergipe, Saulo Lamartine. Em sua explanação, Barros destacou as ações inovadoras durante sua gestão. “Com a adoção de medidas para tornar a administração mais eficiente, foi possível realocar, em um ano, R$ 3,2 bilhões para o custeio de mais serviços do SUS. Isso representou para o cidadão a ampliação do atendimento nos hospitais, do acesso a equipamentos, medicamentos, vacinas e renovação da frota de ambulâncias”, salientou o ministro.  Ricardo Barros concluiu ainda que “os resultados que alcançamos e as ferramentas criadas poderão ajudar a discutir a realidade do Sistema Único de Saúde na prática”,

34376371143_3b368421e6_oPor sua vez, o Presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein, discorreu sobre o financiamento as diversas regiões do país sobre a ótica do banco que representa, que não possui participação da União em seu capital ou diretoria. Ele explicou que “o BRDE é  um grande contribuinte em termos de recursos tributário e, pelo fato de ser um repassador de crédito, também é um gerador de desenvolvimento econômico e social”,

Encerrando o evento, o psiquiatra Eduardo Shinyashiki, ministrou palestra motivacional sobre as atitudes e ações que transformam desafios em conquistas. Durante a apresentação, Shinyashiki, enfatizou que devemos manter o espírito inovador e não seguir o mesmo. “Não importa o tempo que temos e sim o que fazemos com ele, podemos tomar atitude ou inventar uma desculpa, os dois são válidos. Mas no momento que ligamos o piloto automático assumimos a responsabilidade pelas perdas que podemos ter”, defendeu o palestrante.

Marina Nery / Ascom Unale
*Com apoio da Assembleia Legislativa do Paraná
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