Com uma renovação de mais de 47%, o legislativo estadual terá, a partir de 2019, não apenas novos nomes, mas também um percentual maior de mulheres, embora a representação feminina ainda seja pequena. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 16,2% dos candidatos eleitos no primeiro turno, para todos os cargos, são mulheres e 83,8% são homens.
Quando analisamos isoladamente o legislativo estadual, a diferença é ainda maior. Dos 1059 deputados estaduais e distritais que exercerão a legislatura 2019-2022, 896 são do sexo masculino (84,6%) e 163 do feminino (15,3%). Embora o número ainda seja baixo, é maior do que o dos últimos dois pleitos, no qual foram eleitas 120 mulheres, em 2014 e 141 em 2010.
Este crescimento não vem sendo gradual em todos os estados, uma vez que 14 estão acima da média nacional e 13 abaixo. As regiões Norte e Nordeste concentram o maior percentual de deputadas em suas Assembleias Legislativas.
No Norte temos as duas primeiras colocadas no ranking: Amapá, com 33% e Roraima, com 25% de mulheres eleitas. Além de Pará, Tocantins, Acre e Amazonas. Já no Nordeste temos Sergipe, Pernambuco, Maranhão e Alagoas.
Também ficam acima dos 15% de representatividade as Assembleias de São Paulo — que elegeu a deputada estadual mais votada na história do País, com mais de 2 milhões de votos; Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
No lado oposto, as Assembleias Legislativas de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul terão a menor representatividade proporcional do país. Sendo que a última não elegeu nenhuma mulher paras ocupar uma das 24 cadeiras de sua Casa.
Confira a lista completa:
ESTADO | VAGAS | FEMININO | MASCULINO | PORCENTAGEM DE MULHERES |
1. Amapá | 24 | 8 | 16 | 33,3% |
2. Roraima | 24 | 6 | 18 | 25% |
3. Sergipe | 24 | 6 | 18 | 25% |
4. Pará | 41 | 10 | 31 | 24,3% |
5. Tocantins | 24 | 5 | 19 | 20,8% |
6. Pernambuco | 49 | 10 | 39 | 20,4% |
7. São Paulo | 94 | 18 | 76 | 19,1% |
8. Maranhão | 42 | 8 | 34 | 19% |
9. Alagoas | 27 | 5 | 22 | 18,5% |
10. Rio de Janeiro | 70 | 12 | 58 | 17,1% |
11. Acre | 24 | 4 | 20 | 16,6% |
12. Amazonas | 24 | 4 | 20 | 16,6% |
13. Rio Grande do Sul | 55 | 9 | 46 | 16,3% |
14. Bahia | 63 | 10 | 53 | 15,8% |
15. Paraíba | 36 | 5 | 31 | 13,8 |
16. Piauí | 30 | 4 | 26 | 13,3% |
17. Ceará | 46 | 6 | 40 | 13% |
18. Minas Gerais | 77 | 10 | 67 | 12,9% |
19. Distrito Federal | 24 | 3 | 21 | 12,5% |
20. Rio Grande do Norte | 24 | 3 | 21 | 12,5% |
21. Santa Catarina | 40 | 5 | 35 | 12,5% |
22. Espírito Santo | 30 | 3 | 27 | 10% |
23. Rondônia | 24 | 2 | 22 | 8,3% |
24. Paraná | 54 | 4 | 50 | 7,4% |
25. Goiás | 41 | 2 | 39 | 4,8% |
26. Mato Grosso | 24 | 1 | 23 | 4,1% |
27. Mato Grosso do Sul | 24 | 0 | 24 | 0% |