A saúde mental é muito importante, independente da profissão. Porém na política as mulheres enfrentam obstáculos e desafios que vão além das questões ideológicas e partidárias. É, infelizmente, comum que várias mulheres sofram situações que geram estresse, ansiedade, depressão e outras doenças mentais que afetam o bem-estar delas e por vezes impedem de exercer suas atividades políticas.
É por esse motivo que é fundamental que existam espaços seguros para que as mulheres possam buscar apoio como também cuidar da sua saúde mental. Além disso, a depressão é mais que o dobro entre mulheres do que entre homens, entre os anos de 2013 e 2019, a incidência de depressão em mulheres foi de 15% contra 6,1% entre homens, segundo o IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde).
A presidente da Unale, deputada Tia Ju (RJ) comentou sobre a importância da campanha. “A saúde mental feminina na política é um tema urgente e necessário. As mulheres que ocupam cargos públicos enfrentam pressões diárias, desde a sobrecarga de trabalho até a violência política de gênero, o que impacta diretamente seu bem-estar emocional. O Janeiro Branco nos lembra da importância de falarmos sobre saúde mental sem tabus, incentivando políticas de apoio psicológico e ambientes mais acolhedores para as mulheres na política. Precisamos garantir que o espaço público seja não apenas de participação, mas também de proteção e respeito à saúde emocional das mulheres que dedicam suas vidas ao serviço público.”
Mulheres e saúde mental
Estudos também apontam que no Brasil 1 em cada 5 mulheres apresentam Transtornos Mentais Comuns, sendo que aumenta de 1 em cada 2 mulheres quando há alta sobrecarga.
Além disso, o perfil sociodemográfico das pessoas atendidas nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) também aponta para uma maioria de mulheres. Um estudo indicou que 72,2% das admissões no CAPS de uma capital brasileira eram de mulheres.
É indispensável lembrar que discutir e cuidar da saúde mental também é um ato político!
Por Lorranne Miranda/Ascom Unale