CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), debateu na segunda-feira (1°), os efeitos à saúde devido o uso prolongado de aparelhos celulares. Baseado em estudos sobre os efeitos nocivos, o professor Álvaro Augusto Almeida Salles, da Faculdade de Engenharia da UFRGS, apresentou argumentos contra a instalação de novas torres de telefonia celular em Porto Alegre. “É preciso melhorar a qualidade do sinal, sem mudar a legislação, colocando mais canais, mas isso exige investimento por parte das operadoras”, afirmou.
Já para o engenheiro elétrico Luiz Carlos Madruga, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), as distâncias definidas pela legislação inviabilizam a telefonia celular. “Qual o edifício no centro da cidade que não tem uma clínica?”, questionou, lembrando que a determinação da lei é de que as estações radio base, pela lei, devem ficar a uma distância mínima de 50 metros de hospitais e clínicas de saúde.
Para o presidente da CPI, deputado Ernani Polo (PP), o assunto é sério, relevante e não vem sendo tratado da forma correta pelos órgãos responsáveis pelo setor. “Talvez tratem esse tema dos prejuízos à saúde de forma muito superficial”, disse, citando o ministro das Comunicações, Paulo Bernando, que criticou os estudos da OMS. “Vamos questionar a Anatel sobre esclarecer a população a respeito dos riscos”, enfatizou o deputado. “Não dá para desconsiderar o princípio da precaução.”
Também estiveram presentes os deputados Frederico Antunes (PP), Giovani Feltes (PMDB), João Fischer (PP), Zilá Breitenbach (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT).
Fonte: Agência ALRS
