Nesta quarta-feira, dia 30 de julho, é comemorado a campanha global do Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. Em 2004, o Brasil aderiu ao Protocolo de Palermo, que é o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças.
Segundo o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas (GLOTIP) do UNOD, crianças e adolescentes, especialmente meninas, são as maiores vítimas do tráfico humano globalmente. Uma em cada três vítimas é criança, evidenciando a desproporcionalidade de meninas nesse cenário. Além disso, as crianças e adolescentes têm duas vezes mais probabilidades de enfrentar violência durante o tráfico do que os adultos
Regiões como a África Subsaariana, o Norte da África, a América Latina e o Caribe enfrentam uma carga desproporcional, com crianças e adolescentes correspondendo a 60% das vítimas de tráfico identificadas.
Entenda mais:
As crianças vítimas de tráfico sofrem diversos abusos, desde serem forçadas a trabalhar, serem vendidas como noivas, recrutadas como soldadas ou até mesmo coagidas a participar de atividades criminosas.
Além disso, a expansão das plataformas on-line agora permite que traficantes possam explorar as vítimas além das fronteiras.
Esses crimes deixam cicatrizes físicas e psicológicas duradouras, que se estendem até a vida adulta, privando as vítimas de sua inocência, futuro e direitos fundamentais.
É essencial que se reforcem as medidas de proteção, incluindo mecanismos de justiça adaptados às crianças, e aumentarmos a conscientização. Deve-se apoiar crianças desacompanhadas em situação de deslocamento, oferecer suporte integral aos sobreviventes e combater as causas-raiz da exploração, ajudando famílias vulneráveis.
Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública e UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime)*
Por Lorranne Miranda/ Ascom Unale



