Neste sábado, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data é uma forma de homenagear as diversas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, como também serve de alerta para os graves problemas de gênero que persistem em todo mundo.
Algumas conquistas das mulheres foram o direito ao voto, redução na jornada de trabalho, maior igualdade salarial e criação de escolas e universidades para mulheres.
A data foi instituída após um protesto no dia 8 de março de 1917, onde milhares de mulheres se reuniram no protesto na Rússia, que ficou conhecido como “Pão e Paz”. Nessa ocasião, as mulheres reivindicavam por melhores condições de trabalho e vida, como também lutavam contra a fome e dificuldades que aconteceram na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
A celebração é um lembrete que frisa a relevância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos.
A presidente da Unale, deputada Tia Ju (RJ), quarta mulher a presendir a entidade, comentou sobre a importância da celebração da data. “Hoje é um dia muito especial. O Dia Internacional da Mulher é mais do que uma data no calendário, é um marco de lutas, conquistas e, acima de tudo, reconhecimento da força feminina. Somos mães, filhas, empreendedoras, trabalhadoras, líderes. Somos a força que move a sociedade e que transforma realidades. Cada mulher carrega em si o poder da mudança e a resiliência de quem não aceita retrocessos. Ainda existem desafios, mas seguimos avançando. A presença feminina na política é essencial para construir um Brasil mais justo, representativo e igualitário. Na Unale, trabalhamos para fortalecer essa participação, garantindo voz e vez para todas nós. Que este dia nos inspire a ocupar todos os espaços que desejamos e que sejamos reconhecidas, valorizadas e respeitadas. Parabéns a todas as mulheres”, enalteceu.
História do Dia Internacional da Mulher:
No dia 8 de março de 1917, aproximadamente 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida.
Apesar disso, outros acontecimentos recordam a luta das mulheres, que faziam longas jornadas de trabalho, recebiam salários muito baixos, e não possuíam o direito ao voto.
Outro evento marcante, foi em 1908 quando mulheres que trabalhavam em uma fábrica de confecção de camisas em Nova York realizaram uma greve. As mulheres trabalhavam costurando por cerca de 14 horas diárias e recebiam entre 6 e 10 dólares por semana.
Além de reivindicar por melhores condições de trabalho e a diminuição da carga horária, as funcionárias também buscavam um aumento salarial. Pois, os salários dos homens eram muito maiores que os das mulheres.
No dia 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, pela primeira vez celebrou as mulheres. Esse evento surgiu por inspiração na greve das e das operárias da fábrica de tecidos que ocorreu em 1908.
Um momento histórico, ainda marcante, foi do incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist Company matou 146 mulheres, dentre as 500 que trabalhavam lá. Além disso, a maioria das funcionárias que morreram eram imigrantes judias e algumas delas tinham apenas 14 anos. O local não estava preparado para um incêndio e não possuía extintores, além da iluminação do local ser a gás e era permitido fumar no local.
Conquistas das mulheres no mundo:
1819 – A Inglaterra aprova a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos.
1840 – Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1862 – Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1870 – Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874 – Criada no Japão a primeira escola normal para moças.
1878 – A Rússia implanta uma universidade feminina.
1932 – É instituído no Brasil o voto feminino.
*Com informações do TJSE e TJAM
Por Lorranne Miranda/ Ascom Unale