42046337111_45ac9f9d54_zA Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia realizou nesta tarde (11), último dia da 22ª CNLE, o primeiro simpósio da Pasta, que debateu o preconceito contra a doença. Durante as explanações, que contaram com a presença de representantes de nove estados, especialistas e parlamentares falaram sobre a realidade de quem vive com a doença e sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na área.

Para falar sobre a parte técnica de como vem sendo tratada a epilepsia no campo da medicina, o neurologista Li Li Min, falou sobre as atualizações que estão ocorrendo quanto às denominações. “Hoje não utilizamos mais termos como transtorno, a epilepsia é uma doença, caracterizada pelas crises epiléticas. Uma única crise única não é indicativa da síndrome, é preciso ocorrer mais de um episódio, com intervalo de no mínimo 24 horas para caracterizar a epilepsia” explicou. Segundo o médico, só pode ser classificada pessoa com epilepsia quem sofre duas crises ou mais por dia.

Propositor do encontro e presidente da Frente, o deputado distrital Rodrigo Delmasso (PRB-DF), conduziu a reunião e falou sobre a importante caminhada para tornar o tema recorrente e presente em todos os estados. “O objetivo do simpósio era sensibilizar os deputados para dar visibilidade a causa da epilepsia nas Assembleias Legislativas. Plantamos esta primeira semente e esperamos que ela cresça ”, defendeu o parlamentar, que pretende dar continuidade ao tema após as eleições, caso reeleito.

“Conseguimos realizar no Amapá uma audiência pública que debateu o tema, em abril, como resultado da criação da Frente. Também temos participado de diversos encontros sobre o tema, buscando aprender mais e agregar valores ás discussões”, discursou a secretária da Pasta, deputada Roseli Matos (PP-AP).

Como continuidade do trabalho, a deputada disse que está atuando junto à escola do legislativo da Assembleia, num projeto de inclusão social, no qual é abordado o preconceito contra à pessoa com epilepsia.

A reunião ainda falou sobre políticas públicas no atendimento à pessoa com epilepsia e da participação do legislativo no combate ao preconceito. Neste sentido, o vice-presidente da Unale e membro da Frente Parlamentar, deputado Joaquim Noronha (PRP-CE), discorreu sobre a importância de se divulgar o tema ainda pouco conhecido e cheio de tabus. “Antes de entrar para a Frente não tinha nenhum conhecimento sobre esta doença, agora é uma das bandeiras na área de saúde, que não é minha especialidade, que eu defenderia”, disse antes de ler um artigo que escreveu sobre a doença.

Frente Parlamentar da Epilepsia

A epilepsia é uma doença psíquica crônica que ocorre através da agitação da atividade cerebral, provocando quadros convulsionais, o que pode levar à perda temporária de consciência e outros malefícios físicos, se não for devidamente tratada. Com foco neste segmento da saúde pública e fundamentada na lei distrital, 5.625/16, a Unale lançou a Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos das Pessoas com Epilepsia (FPIDP), em fevereiro.

O objetivo é ampliar e disseminar o debate acerca da Epilepsia em âmbito nacional, por meio das 27 Casas Legislativas Brasileiras, além de conscientizar as pessoas da importância de se promover políticas públicas voltadas para o tratamento da doença.

Marina Nery / Ascom Unale

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