Apoiada pela Unale desde 2015, a campanha Dezembro Vermelho — dedicada a ações de combate ao HIV/Aids, acaba de ser instituída oficialmente no Brasil. Aprovada pelo Senado Federal e publicada no Diário Oficial da União em novembro, a Lei 13.504 elevou a nível nacional as ações de prevenção ao HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Isto demonstra a importância de se continuar debatendo e levando cada vez mais informações sobre a doença, que registra em média 5,6 óbitos por 100 mil habitantes a cada ano.
A Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida ou AIDS (sigla do inglês Acquired Immuno Deficiency Syndrome), passou a ser conhecida há mais de 25 anos. Nas décadas de 80 e 90 foi declarada epidemia e já matou 25 milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil foram mais de 303 mil óbitos.
Até hoje os números da doença são alarmantes. Segundo o Ministério da Saúde, de 1980 a junho de 2016, foram notificados no país mais de 842 mil casos de Aids. Sendo que, anualmente, são registrados uma média de 41 mil novos casos. E, mesmo com diagnóstico e tratamento disponíveis na rede pública de saúde, 372 mil pessoas infectadas não estão se tratando e outras 112 mil nem sabem que tem a doença.
Perfil dos infectados com o vírus HIV
A maior concentração de Aids no Brasil está nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, sendo mais diagnosticado e com taxas crescentes em pessoas do sexo masculino. A cada 21 casos em homens, 10 acometem mulheres.
Os dados demonstram que é preciso se prevenir e buscar diagnóstico e tratamento sempre. Entre jovens e idosos a atenção deve ser redobrada. Isto porque, nos últimos dez anos, houve um aumento da taxa de incidência nas faixas etárias de 15 a 24 anos, ou acima de 55 anos.
E, embora tenha mostrado queda, as idades intermediárias não podem se descuidar. O fato de que a maior taxa de detecção de 2015 foi na faixa de 35 a 39 anos, comprovam este dado.
O porquê do Dezembro Vermelho
A escolha deste mês para difundir a ideia é devido ao Dia Mundial contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro — instituído pela Assembleia Mundial de Saúde em 1987, e adotada pelo Brasil em 1988. Neste mesmo dia são divulgados, pelas organizações mundiais, os balanços epidemiológicos sobre a doença.
Além da divulgação de informação e promoção de atividades direcionadas à prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos, a campanha visa reforçar a tolerância, compaixão e a compreensão para com os infectados. Na Unale, ela também encerra o ciclo de campanhas ligadas à área da saúde, iniciada com o Setembro Verde.