O Centro de Informática da Câmara dos Deputados desenvolverá um software para facilitar a divulgação dos resultados das eleições municipais deste ano para que o cidadão saiba se o parlamentar candidato foi eleito ou não para o cargo disputado. Após reunião nesta segunda-feira (4), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que cada veículo parceiro poderá criar uma solução própria com os dados da divulgação, a partir do software Divulga 2016.
Segundo o coordenador de Jornalismo da Câmara dos Deputados, Wilson Silveira, a informação é relevante porque, na medida em que um parlamentar é eleito prefeito, por exemplo, há alteração da composição da própria Câmara, uma vez que os suplentes assumem a vaga do titular. E, principalmente, pelo fato de o programa do TSE não ter essa informação.
“Nosso interesse nesta eleição é identificar a eleição de deputados federais. Deputados federais são candidatos a prefeito, a vice-prefeito e, eventualmente, a vereador. Nós vamos acompanhar a situação de cada um. Como o TSE não disponibiliza essa informação, nós pretendemos desenvolver um software próprio para ter essa informação em primeira mão”, informou Silveira.
De acordo com o gerente de projetos do TSE, Alberto Cavalcante, a parceria com os órgãos de imprensa vai dar maior agilidade à distribuição dos dados. “Prestamos o serviço dentro de nosso limite. São os parceiros que fazem chegar as informações aos cidadãos muito antes da Justiça Eleitoral”, disse.
Critérios de consulta
Cavalcante informou que, neste ano, será permitida consulta acessória para saber quantos votos teve determinado candidato que esteja sub judice ou com candidatura indeferida. Até a última eleição, a votação era zerada e apenas o candidato tinha acesso aos números.
Outra novidade, de acordo com o representante do tribunal, é que o sistema do TSE não vai mais divulgar se o candidato está matematicamente eleito. Segundo ele, o cálculo para dar essa informação é complexo e há situações de indefinição eleitoral que podem prejudicar a exatidão da informação.
Wilson Silveira acredita, no entanto, que a ausência dessa informação vai atrasar a divulgação dos eleitos. “A decisão do TSE de retirar a informação do candidato matematicamente eleito piora, para nós do jornalismo, porque a gente tem que esperar o resultado oficial e a proclamação do resultado para dizer que determinado candidato está eleito”, informou.
O primeiro turno das eleições de 2016 será no dia 2 de outubro, e o segundo, no dia 30. Com toda a estrutura montada, o resultado das eleições começará a ser divulgado a partir das 17 horas (horário local) do mesmo dia das votações.