ALESP: Assembleia Legislativa discute política de apoio às vítimas de AVC

3D male figure with brain highlighted on virus cell backgroundA Assembleia Legislativa de São Paulo discute proposta para criar uma política de apoio às vítimas de acidente vascular cerebral (AVC). O objetivo é promover campanhas educativas e elaborar cartilhas e material informativo (com sintomas, formas de prevenção e tratamento) destinados às vítimas e à população em geral.

Para a deputada Celia Leão (PSDB), autora do Projeto de Lei 219/2017, a criação de campanhas ajuda a conscientizar a população. “O AVC é a principal causa de morte em adultos no Brasil. Além disso, pessoas que sofreram com esse acidente muitas vezes são discriminadas, pois, na visão da sociedade, tornam-se improdutivas. É necessário reabilitá-las e oferecer novas oportunidades, mesmo àquelas que possuem alguma limitação.”

Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquêmico. O hemorrágico é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo. Já o isquêmico resulta do entupimento de artérias, que provoca a falta de circulação sanguínea em determinada área do cérebro. Os sintomas são semelhantes.

De acordo com o cardiologista Henrique Tria Bianco, são três os principais fatores de risco: “hipertensão, tabagismo e alcoolismo – sendo a hipertensão o principal agente”. A gravidade do caso depende do local atingido e da extensão da lesão. O neurologista Rubens Caliati afirma que “geralmente os hemorrágicos são mais graves, pois comprometem mais áreas”, disse.

A recuperação demanda um trabalho conjunto entre profissionais de diversas áreas da saúde. O objetivo é reverter os danos, que podem afetar diversas partes do corpo. O fisiatra Andre Tadeu Sugawara chama a atenção para outras sequelas. “As pessoas focam nas funções motoras, mas existem outras complicações como dificuldades para comer, para falar, problemas emocionais e mudança de comportamento”, afirma.

O projeto, que já obteve parecer favorável das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde, aguarda agora apreciação pela de Finanças, Orçamento e Planejamento para depois ser votado em Plenário.

Fonte: ALESP
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