ALEMG: Outubro Rosa alerta mulheres sobre perigo do câncer de mama

imagemNão deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. O ditado popular serve para exemplificar a importância da prevenção do câncer de mama. Afinal, esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres em todo o Brasil, sendo o segundo tipo em incidência geral, atrás apenas do câncer de pele. Em contrapartida, a prevenção, simples e eficaz, começa pela conscientização das mulheres.

É com esse objetivo que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), por meio do projeto Laços da Consciência, se une mais uma vez à campanha Outubro Rosa, difundida mundialmente para que as mulheres fiquem alertas para essa grave ameaça à saúde. Desde o domingo (1º), o Palácio da Inconfidência, sede do Parlamento mineiro, foi iluminado com a cor rosa.

A iluminação especial será mantida ao longo de todo mês, mas outras ações institucionais também estão previstas. Uma delas, ocorreu na terça-feira (3), às 15 horas, no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira (Edjao), no qual uma audiência pública da Comissão de Saúde debateu a importância da conscientização para a prevenção do câncer de mama.

O ponto alto do evento foi um desfile com mulheres em tratamento de câncer no Hospital Mário Penna, em BH, instituição filantrópica referência no Estado nesses casos, sobretudo para a população carente. A atividade atende a requerimento do deputado Arlen Santiago (PTB), que é médico.

No próximo dia 18, a partir das 9 horas, no Auditório José Alencar Gomes da Silva, acontecerá outra audiência sobre o tema, atendendo a requerimentos dos deputados Carlos Pimenta (PDT), presidente da Comissão de Saúde, e Antônio Jorge (PPS), também médicos. O objetivo é trazer representantes de entidades especializadas no assunto para divulgar e fazer um balanço das ações do Outubro Rosa.

O dia seguinte, 19 de outubro, é reconhecido como o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama.

Origem – A campanha Outubro Rosa começou na década de 1990, nos Estados Unidos. No Brasil, o movimento ganhou força a partir de 2008, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).

No Parlamento mineiro, a preocupação com o câncer de mama não é novidade. Várias proposições sobre o tema já foram apresentadas. É o caso dos Projetos de Lei 865, do deputado Fred Costa (PEN), 522 e 18, ambos do deputado Doutor Wilson Batista (PSD), todos de 2015, que dispõem sobre a realização de exame de mapeamento genético que comprove a predisposição ao desenvolvimento do câncer de mama.

O mesmo assunto foi debatido em audiência pública na Comissão de Saúde no último dia 28 de junho, quando médicos e outros especialistas defenderam a necessidade da realização deste tipo de exame pelo sistema público de saúde.

Se detectado cedo, mal silencioso tem boas chances de cura

Como os demais tipos de câncer, o de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais nessa região, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Alguns têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.

As ações de prevenção e controle do poder público contra o câncer no Brasil têm como referência um órgão auxiliar do Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), nome do ex-vice-presidente da República que também morreu vítima de um câncer.

Segundo os últimos números disponíveis no site do Inca, no ano passado eram esperados quase 58 mil casos da doença, responsável em 2014 por 14.622 mortes. Ela pode ser detectada nas fases iniciais, o que aumenta as chances de cura. Por isso, ao longo dos últimos anos todos os esforços nas campanhas do órgão são para que o assunto deixe de ser um tabu entre as mulheres.

O objetivo é que a doença deixe de ser vista, por medo ou desconhecimento, como uma sentença de morte ou um mal inevitável e incurável. Dessa forma, o diagnóstico não será tardio, o que facilitará o tratamento, já que um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo.

O câncer de mama apresenta sinais e sintomas em suas fases iniciais. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde, assim como a da Organização Mundial da Saúde, é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. É nessa faixa etária que cresce a incidência da doença.

Contudo, entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia defendem a realização dessa radiografia das mamas anualmente a partir dos 40 anos.

Autoconhecimento – A orientação do Inca em suas campanhas é para que as mulheres observem suas mamas, sem técnica específica, valorizando assim descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

É o caso de caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; e, ainda, a saída espontânea de líquido dos mamilos. Nesses casos, deve-se procurar um médico imediatamente, mesmo que tais alterações não sejam, necessariamente, a confirmação da doença.

Estima-se que 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, embora a doença não tenha somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco, pois cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Homens também podem ter câncer de mama, mas a incidência neles é de 1% do total de casos diagnosticados.

Fonte: ALEMG

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