ALECE: Ciadi chega aos três anos prestando serviço de qualidade para jovens com TEA e Down

Foto: Bia Medeiros/ALECE

O Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), chega aos três anos prestando serviço de qualidade, acolhendo jovens com transtorno do espectro autista (TEA) e síndrome de Down. Lembrar deste 20 de maio fortalece um dos projetos de maior impacto social conduzido pelo Parlamento cearense, com o propósito de incluir, reabilitar e promover o desenvolvimento desse público.

Desde sua criação, no dia 20 de maio de 2021, o Ciadi oferece apoio especializado, seguro, gratuito e de qualidade, com foco na inclusão, reabilitação e no desenvolvimento de crianças e adolescentes com autismo, na faixa dos dois aos 16 anos, e crianças de dois a sete anos com síndrome de Down. A marca do órgão é a abordagem humanizada e o acompanhamento das diversas fases desses jovens atendidos pelos profissionais qualificados do centro.

A primeira-dama e idealizadora do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Alece, Cristiane Leitão, conta que o Ciadi nasceu de uma demanda para ampliar os serviços do órgão para mais pessoas. “No início da gestão do deputado Evandro Leitão, em 2021, nós ampliamos o serviço que a Casa tinha para os dependentes dos nossos servidores e implantamos o Ciadi. Ele tem uma metodologia em que trabalhamos o desenvolvimento infantil e do adolescente com uma equipe multidisciplinar. Trabalhamos a inclusão com essa equipe multidisciplinar e a autonomia dessas crianças e adolescentes”, conta.

Com uma equipe multiprofissional, o Ciadi reúne assistentes sociais, enfermeiros, psiquiatras infantis, pediatras, neuropediatras infantis, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, psicopedagogas, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos e musicoterapeutas.

A assistência especializada prestada pelo corpo profissional do centro é focada no desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais, emocionais e motoras das crianças e adolescentes atendidos, promovendo sua integração mais eficaz na vida social e o pleno exercício da cidadania. As instalações são totalmente adaptadas, garantindo uma infraestrutura segura e bem equipada para atender seu público com excelência.

Cristiane Leitão enfatiza o papel do centro em amparar essas famílias atípicas e o olhar diferenciado sobre esses jovens. “Nós temos que olhar a criança e o adolescente como um todo, como um ser inteiro, como um ser completo. Precisamos dar suporte a todas essas famílias para que elas saibam como trabalhar a autonomia dos seus filhos, para que eles consigam lá na frente entrar no sistema educacional, conseguir a empregabilidade, a sua renda e a sua autonomia”, descreve a primeira-dama.

A coordenadora do Ciadi, Sáskya Vaz, avalia a trajetória do órgão na missão de proporcionar um serviço de qualidade para crianças, adolescentes e suas famílias. “É uma alegria muito grande para a gente estar completando três anos. Nesse tempo, a gente vem desenvolvendo diversas ações. O Ciadi hoje é conhecido em todo o Estado. É uma grande alegria a gente saber que esse órgão da Assembleia tem prestado um serviço de eficiência e de qualidade para as crianças que são atendidas aqui”, diz.

O diferencial do Ciadi, como explica Sáskya, é o tratamento integral disponibilizado às famílias, que vai além do atendimento médico. “A gente sempre fala que a criança não chega só. Ela chega acompanhada da família. A gente olha para esse ser que entra no Ciadi de forma integral. Para que essa criança, mesmo que ela tenha um bom acompanhamento terapêutico e médico, ela precisa também ter uma boa condição de socialização no espaço familiar, no espaço escolar e na sociedade”.

TESTEMUNHO

Dieny Pianaro, mãe atípica, classifica como “gritante” o desenvolvimento do filho com espectro autista após o pequeno ser acolhido e acompanhado pelos profissionais do Ciadi. “Para o desenvolvimento do Gael, foi um divisor de águas, porque antes a gente ficava muito em clínicas separadas, fazendo atendimentos separados, e como ele tem aqui todo o atendimento abrangente em todos os setores, a desenvoltura dele melhorou 100%. A diferença é gritante”, explica.

“Antes ele não se comunicava, não falava quase nada. Hoje ele já sai daqui falando, cantando, dá ‘bom dia’ para todo mundo, desde a hora em que chega na porta da Assembleia, do Ciadi, ele conhece todo mundo”, comenta com orgulho. “Antes ele não conseguia brincar com outro coleguinha. O desenvolvimento dele nessa questão social da fala é enorme. O coração de mãe fica transbordando de alegria”, comenta Jenny, celebrando a evolução do filho atendido pelo Ciadi há três anos.

O desenvolvimento da fala é uma das características mais percebidas na evolução do tratamento e acompanhamento das crianças com TEA. Nayara Pires, fonoaudióloga do Ciadi, revela a felicidade em poder colaborar no processo de aprendizado das crianças, principalmente no que diz respeito à comunicação. “Eu acho que não tem uma felicidade maior para uma fonoaudióloga do que proporcionar uma forma dessa criança conseguir se comunicar. Um dos grandes desafios que a gente percebe, principalmente para quem tem TEA, é a comunicação.

“Nós trabalhamos para estimular a comunicação da criança, desenvolver as habilidades comunicativas, a linguagem, a fala, mas também podemos trabalhar com a motricidade orofacial, estimulando os músculos da face. Trabalhamos as habilidades comunicativas, as habilidades sociais, para a criança ter mais autonomia e conseguir viver de uma forma mais autônoma em sociedade”, detalha a profissional de saúde.

Ao longo dos últimos três anos, o Ciadi tem se destacado no fortalecimento da conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência. A iniciativa não se limita apenas ao acompanhamento individualizado com uma equipe multiprofissional, mas também enfatiza a importância das políticas públicas e os caminhos para a integração e inclusão social.

Entre as estratégias adotadas pela Alece por meio do Ciadi estão a realização de eventos, a troca de conhecimento com órgãos públicos e privados e a formação de profissionais de diversas áreas que trabalham com pessoas com autismo e síndrome de Down. Essas atividades visam ampliar o conhecimento e multiplicar iniciativas de promoção da cidadania e da inclusão.

Essas ações refletem o compromisso contínuo com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. “Temos objetivo também de orientar, de discutir e de refletir a política pública, porque é um assunto que tem tido uma grande dimensão na sociedade, e a gente precisa falar para além das ações de atendimento do Ciadi. A gente também tem adentrado com mais força na questão da discussão sobre a política pública da pessoa com deficiência”, observa a coordenadora do Ciadi, Sáskya Vaz.

Olhando para o futuro, os planos são expandir as fronteiras da atuação do Ciadi para além de Fortaleza, como explica a primeira-dama, Cristiane Leitão. “Eu acredito que este ano a gente consiga inaugurar um Ciadi lá no Cariri, na cidade do Crato. Nós estamos também ampliando o Ciadi para o bairro Jacarecanga (Fortaleza), ou seja, o Ciadi, que é o Parlamento, abre as suas portas para outras pessoas, porque, assim, a gente consegue atender uma demanda crescente”, revela.

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