Duas programações realizadas nos dias 28 e 29 de junho encerraram as atividades do primeiro semestre deste ano da Escola do Legislativo Deputado Ocivaldo Serique Gato, tendo como público-alvo servidores da educação do município de Santana. A programação foi realizada na sede dos servidores municipais, no bairro Paraíso; e no auditório do Instituto Federal do Amapá (Ifap), onde aconteceu a abertura oficial do evento, com a presença da presidente da Escola do Legislativo, deputada Roseli Matos (PP), da diretora Wilca Costa e da secretária de Educação de Santana, Carmem Marinho Queiroz.
O objetivo é preparar os educadores sobre como identificar os sintomas da epilepsia e trabalhar a inclusão desse público na escola. “Agradecemos o compromisso da Assembleia Legislativa com a educação. Várias vezes, tivemos que bancar do nosso bolso e viajar a outro estado para participar de cursos para aumentar nosso conhecimento”, destacou a secretária Carmem. Mais de 200 servidores participaram dos dois dias da programação.
“Conhecemos a realidade do município, por isso, não podemos só cobrar dos professores e sim contribuir com a formação deles. É a primeira parceria com uma prefeitura”, frisou a deputada Roseli, justificando a escolha do município de Santana para receber o curso e a palestra, que foram divididos em quatro módulos: Introdução a neuroeducação e educação inclusiva, ministrada pela presidente da Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia (Aspe), Sueli Adestro; Projeto Epilepsia na Escola Inclusiva, ministrada pela psicóloga Isilda Assumpção; Neuroaprendisagem na educação inclusiva, apresentado por Thais Pilon Ferro.
No último módulo, os servidores participaram da dinâmica de grupo e estudos de casos (prática escolar) e apresentação de proposituras da Aspe. Aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, um tipo de transtorno mental crônico que afeta homens e mulheres de todas as idades. Os números, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), posicionam a epilepsia como uma das doenças neurológicas mais comuns no planeta. “Em muitas partes do mundo, pessoas com epilepsia e suas famílias sofrem com o estigma e a discriminação”, destacou Sueli Adestro.
Segundo o perfil da epilepsia no Brasil de 1980 a 2003, correram 1.300 óbitos (3,98%) na região Norte. A programação encerrou às 17h. Os participantes receberam certificados. “Mesmo sendo voltada para a educação dos servidores da Assembleia Legislativa, nada impede de atender o público externo e contribuir na área da educação”, frisou a deputada Roseli Matos, citando a finalidade da escola.