A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), realizou a primeira sessão ordinária na manhã desta quinta-feira (21/3/19), no auditório provisório da Casa de Leis, no Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço. O presidente da comissão, deputado Dr. Jaci (MDB) destacou a abrangência da CDH e algumas conquistas alcançadas na última legislatura, trabalho realizado com apoio do presidente do legislativo, deputado Kaká Barbosa (PR), como as tratativas em Guaratinguetá, interior de São Paulo, para a instalação de uma unidade da Fazenda Esperança no Amapá.
A unidade foi construída em área rural, localizada entre Santana e Mazagão, em terreno cedido pela Igreja Católica, com o apoio do bispo diocesano,Dom Pedro José Conti e a comunidade. “Foi imprescindível a participação da Assembleia Legislativa nesse processo. Já está alocado verba no valor de R$ 1 milhão para a construção da Fazenda Esperança no município de Amapá”, destacou Dr. Jaci.
De acordo com parlamentar, existe interesse do governo francês em construir duas fazendas Esperança: uma em Saint Georg e outra na Guiana Francesa, que terá a contrapartida do Governo do Estado, no atendimento à população do município de Oiapoque.
O parlamentar também destacou o trabalho da CDH na construção do Hospital de Amor, no Amapá, antigo Hospital do Câncer de Barretos, referência no tratamento e prevenção de câncer no Brasil, e que contou, também, com a participação da bancada federal. A unidade do Amapá é uma das 11 espalhadas pelo país e a segunda da região Norte. “Fico feliz em participar dessa comissão”, revelou Dr. Jaci.
O deputado Charly Jhone (PR), destacou os temas: violência contra a mulher e a discriminação das mulheres vítimas de escalpelamentos no Amapá – quando o couro cabeludo é arrancado de forma brusca por enrolar no eixo do motor de embarcações.
De acordo com a Associação de Vítimas de Mulheres Escapeladas, são 160 vítimas no Estado. Segundo a Marinha do Brasil, a maior parte das vítimas, 65%, é de criança.
Os adultos em faixa produtiva representam 30%. Já os idosos, 5%. Em relação ao gênero, 95% das pessoas que sofrem com o escalpelamento são mulheres. “Estou realizando um estudo que será apresentado nesta comissão sobre a vitimologia sofrida pelas mulheres escalpeladas”, informou o parlamentar. “Fui a primeira empresaria amapaense a fazer a inclusão de escalpeladas na minha empresa”, complementou a deputada Aldilene Souza (PPL).