Nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, é comemorado o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. A data foi criada em 2008, para relembrar o dia 7 de fevereiro de 1756, quando o líder indígena Sepé Tiaraju durante a Guerra Guaranítica, conflito entre tribos guaranis e tropas portuguesas e espanholas, ocorrido de 1753 a 1756 na região dos Sete Povos das Missões, atual território do Rio Grande do Sul. A celebração visa dar visibilidade para as questões ligadas aos povos indígenas do Brasil.
Em janeiro de 2023 foi criado o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) que atua em torno de três eixos principais: a demarcação e proteção das terras indígenas, os planos de gestão ambiental e territorial dessas terras, e a valorização e o resgate da memória, da cultura e das línguas indígenas. Em conjunto com a Funai, o MPI busca garantir políticas de saúde, educação, segurança alimentar, cidadania, e de desenvolvimento da etno bioeconomia dentro dos territórios, por meio da articulação com outros ministérios, governos estaduais e municipais e setores da sociedade.
Ainda hoje existem muitas lutas para garantir os direitos dos povos indígenas do Brasil, como a reivindicação do movimento indígena para capacitar seus líderes e jovens. A Universidade de Brasília (UnB) em seu Convênio de Cooperação Técnica CCT- 001/2004, renovado pelo Acordo de Cooperação Técnica ACT- 002/20015, tem o propósito de capacitar lideranças indígenas para ocupar cargos de autogestão. São médicos, enfermeiros, gestores em saúde coletiva, antropólogos, assistentes sociais, psicólogos, engenheiros florestais, nutricionistas, entre outros, para ocupar cargos em todos os lugares que fazem a defesa dos direitos indígenas e na autogestão das suas terras.
Os estudantes indígenas ao ingressarem na Universidade passam por dificuldades, como o processo de adaptação – cultural e socioeconômica, como a maioria dos estudantes não falantes do português como língua materna, distantes de suas famílias e oriundos de escolas públicas. Segundo a UnB, eles contam com um espaço específico, que é considerado por eles um território indígena na UnB, o Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas do Brasil – Maloca.
Fontes: TRE-SP, MPI e UNB
Lorranne Miranda/Ascom Unale