Aproveitando o projeto “Reciclagem do Bem”, desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) firmou uma parceria com o órgão visando à destinação dos produtos de higiene bucal (escovas de dente, tubos de pasta, frasco de enxaguante bucal) e suas respectivas embalagens que estão sendo coletados no hall da Assembleia.
A Universidade, que já desenvolve o projeto desde o início do ano, tem uma parceria com a empresa TerraCycle, de São Paulo, que recicla esse tipo de material. A coordenadora do projeto de extensão “Reciclagem do Bem”, Sílvia Moreira, disse que essa parceria com a Aleam é de fundamental importância porque vai aumentar a demanda de remessas mensais.
A coordenadora explicou que quando as coletas completam uma caixa de 5 quilos — remessa mínima — são encaminhadas para a TerraCycle, líder em soluções para resíduos de difícil reciclabilidade. “Após serem reciclados, esses produtos são transformados em bancos, cadeiras, baldes de lixo, ou seja, viram outra matéria-prima”, disse.
Sílvia Moreira explicou ainda que as remessas vão sendo computadas e que, no final do semestre, se transformarão em recursos financeiros. “Cada embalagem que seria jogada no lixo vale um centavo, que vai se acumulando como se fosse para uma conta e no final será destinado para uma instituição sem fins lucrativos, que pode ser também uma escola municipal, uma instituição carente, contanto que tenha um CNPJ”, explicou.
A coordenadora de Planejamento e Modernização da aleam, Socorro Siqueira, responsável pela campanha, disse que além da questão social, a campanha intitulada de “Reciclagem do Bem”, foca a questão ambiental. “Um tubo de creme dental, por exemplo, é composto por 75% de plástico e 25% de alumínio e demora cerca de 400 anos para se decompor na natureza”, mencionou, lembrando que quando descartado no lixo comum, esse produto se torna um grande problema ambiental, contaminando o solo e as águas.
O projeto de reciclagem da Aleam começou em janeiro de 2017, visando sensibilizar não só os servidores, sobre questões sociais e ambientais. “Com isso, desenvolvemos uma rotina de trabalho baseada em práticas ambientais”, disse Socorro Siqueira, ressaltando que a Aleam precisava estar em sintonia com a demanda mundial de proteção ao meio ambiente. “Diante desse desafio, procuramos analisar novas rotinas de implantar novos projetos”, completou.